SP: Júlia quer ir à escola
Enquanto policiais mandavam um grupo de sem-teto esvaziar um prédio invadido na avenida Ipiranga, em São Paulo (SP), na terça-feira, Júlia, sete anos, só pensava em não deixar para trás todo o seu material escolar: mochila, três cadernos, lápis e borracha. Depois de passar a noite acampada na rua, a mãe conseguiu que Júlia tomasse banho em outro prédio invadido antes de ir para a aula, só que a fila estava grande. Chegaram oito minutos atrasadas à escola e os portões estavam fechados. Mesmo após a insistência da mãe, uma funcionaria negou a entrada da criança. Na quarta-feira, Júlia conseguiu sair mais cedo de casa e chegar no horário. A Secretaria da Educação de São Paulo lamentou o fato e disse que o conteúdo seria reposto ontem (30). Afirmou ainda que vai apurar a conduta da agente que atendeu mãe e filha.