O desafio ficou maior
O País investe o equivalente a 5,7% do PIB em educação, mais do que países como a Suíça e os Estados Unidos. Mas fica muito atrás quando o critério é a qualidade do ensino. "O governo gasta seis vezes mais no ensino superior do que no infantil, quando o lógico deveria ser o contrário", diz Naercio Menezes, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper. Dar prioridade à educação básica permitiria que os alunos chegassem mais bem preparados à universidade. Além de debater a eficiência do gasto público, seria oportuno discutir prioridades. O projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, cujo orçamento é de 50 bilhões de reais, nunca pareceu tão desnecessário. A pressão popular deveria ser vista, portanto, não como uma brecha para ampliar a despesa, mas, sim como oportunidade para que os governos finalmente persigam a eficiência na administração. A experiência no Brasil mostra que aumentar o volume de recursos não é a solução para os problemas que o País enfrenta.