Maternidade é para depois
Estudo do Ministério da Saúde (MS) atesta uma tendência: a redução na quantidade de nascimentos e a espera prolongada das mulheres para se tornar mãe. A pesquisa Saúde Brasil mostra que o índice de brasileiras que tiveram filhos com 30 anos ou mais passou de 22,5%, em 2000, para 30,2%, em 2012. O levantamento também mostra que houve redução de 13,3% no total de nascidos no período analisado. Desde 2005, a taxa de fecundidade no Brasil é de 1,77 filhos por mulher, inferior à média mundial de reposição populacional de 2,1. O índice pode levar à estabilização e o decréscimo da população. Diretora do departamento de Ações Programáticas e Estratégicas da Saúde, Thereza de Lamare, aponta motivos para a tendência da maternidade tardia. A pesquisa mostra que quanto maior a escolaridade, mais tardia é a maternidade. Das mulheres entrevistas com 12 anos ou mais de estudos, 45,1% esperaram completar três décadas de vida para ter o primeiro filho. Nas faixas que consideram menos escolaridade, o índice não passa de 15%.