RJ: Escolha antinatural
Nas maternidades particulares da cidade do Rio, praticamente não nascem mais crianças de parto normal. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, 93% dos partos realizados nos hospitais privados são cesarianas, quando a Organização Mundial de Saúde recomenda que esse percentual não ultrapasse os 15%. Já nas unidades públicas do município, o índice é de 36%. Com isso, a capital tem, juntando maternidades particulares e públicas, 57% de cesarianas, contra 52% em todo o Brasil. O tema preocupa especialistas e ganhou as telas de cinema. Em cartaz desde agosto, o filme "O renascimento do parto" de Érica de Paula e Eduardo Chauvet, retrata o número alarmante de cesarianas no Brasil e mostra as consequências clínicas e psicológicas para os bebês, que cada vez mais nascem prematuros. Através de relatos de especialistas na área, o longa promove uma reflexão sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados "hormônios do amor" liberados, segundo médicos, apenas em condições específicas do trabalho de parto.