Mercado escolar

Veículo: Revista Veja - BR
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A indústria gráfica e os fabricantes de artigos escolares querem convencer o governo federal a adotar um mecanismo que vai beneficiar alunos de escolas públicas e injetar no setor, no mínimo, R$ 8 bilhões. A ideia é criar um cartão-educação federal, que dará um crédito de R$ 200 às famílias com filhos matriculados na rede pública de ensino. Trata-se de um universo de mais de 40 milhões de estudantes, o equivalente a 20% da população brasileira, segundo dados do Censo Escolar. Todos os anos, no primeiro semestre, eles precisam renovar seus materiais de estudo, como cadernos, agendas, lápis e canetas. Mas nem sempre seus pais têm condições de arcar com as despesas. Os únicos lugares que aceitariam o cartão seriam papelarias credenciadas, para que não sejam feitas compras de itens sem relação com as necessidades escolares. Na prática, a ideia segue o modelo de outros programas de benefícios como o Bolsa Família e o Vale-Cultura. A única grande cidade a colocar em prática algo parecido é Brasília, que investiu R$ 36 milhões na distribuição de cartões para 130 mil alunos de escolas públicas.