Remoto Controle – Linguagem, conteúdo e participação nos programas de televisão para adolescentes (Série Mídia e Mobilização Social: Volume 7)
(2004)
Realização:
ANDI, UNICEF e Cortez Editora. Com patrocínio da Petrobras
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Quatro horas por dia. A quantidade de tempo que os adolescentes brasileiros dedicam à televisão já seria, por si só, suficiente para justificar a importância de um debate acerca da qualidade da programação voltada para o público jovem. Ao considerarmos que, em todo o País, o número de pessoas que têm entre 10 e 24 anos chega a 52 milhões, torna-se ainda mais apropriado refletir sobre as possibilidades de formação dessa parcela da população. Nunca houve um número tão expressivo de pré-adolescentes, adolescentes e jovens no Brasil. Investir em um projeto de formação cidadã para essa população significa influenciar de forma positiva na qualidade e sustentabilidade do processo de desenvolvimento do País como um todo.
Nesse contexto, os meios de comunicação, em especial a televisão, tem um papel fundamental. Os adolescentes e jovens estabelecem com a tevê uma relação que mescla entretenimento, informação e apropriação de valores. Abrir o debate sobre o conteúdo televisivo voltado para esses segmentos representa necessariamente trabalhar em uma área de interface entre a comunicação, a educação e a ética.
Ao mesmo tempo, é fundamental lembrar que as iniciativas no sentido de prover acesso a produções de mídia de qualidade para as novas gerações não se encontram alicerçadas somente no rico debate de idéias que se trava entre os diferentes atores sociais envolvidos nessa área estratégica. Trata-se, aqui, de uma questão de direitos, assegurados explicitamente tanto por legislações de âmbito internacional, como a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e do Adolescente (ratificada em 1989 pelo Brasil) quanto por nossa Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
É diante desse cenário que se coloca a contribuição da Petrobras, enquanto patrocinadora da análise contextualizadora desenvolvida pela ANDI e pelo Unicef sobre a programação que a televisão brasileira tem gerado especificamente para o público adolescente e jovem. Ao longo dos capítulos do presente volume encontra-se um instrumento útil de reflexão e de apoio ao trabalho cotidiano, não apenas para os profissionais de mídia e pesquisadores da área, mas também para todos aqueles que, direta ou indiretamente, atuam no sentido de promover os direitos essenciais desses segmentos da população.
Os livros da Série Mídia e Mobilização Social não estão disponíveis em formato eletrônico. Para adquirir as publicações entrar em contato com:
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