Escolas dos EUA atrasam aula para manter jovem ligado

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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Jilly dos Santos bem que tentava chegar à escola no horário. Programava o alarme de seu telefone para tocar três vezes sucessivas. Deixava de tomar o café da manhã. Maquiava-se às pressas já no carro, dirigido por seu pai irritado. Mas poucas vezes no ano passado conseguiu chegar ao seu colégio, o Rock Bridge High School, em Columbia, Missouri, nos Estados Unidos, antes do primeiro sinal, às 7h50. Então ela soube que as aulas iam começar ainda mais cedo, às 7h20. "Pensei: Se isso acontecer, eu morro'", lembrou a estudante de 17 anos. "Vou largar a escola!". Foi quando a adolescente com déficit de sono virou ativista do sono, decidida a convencer o conselho de ensino de uma verdade que conhecia desde o íntimo de seu corpo cansado: adolescentes são movidos por seu próprio desenvolvimento físico a se deitar tarde e acordar tarde. O movimento iniciado há quase 20 anos para fazer as aulas do ensino secundário começarem mais tarde vem ganhando força em comunidades como Columbia. Centenas de escolas em todo o país vêm cedendo ao acúmulo de evidências dadas por pesquisas sobre o relógio biológico adolescente.

Temas deste texto: Educação