Crianças latinas enfrentam tribunal nos EUA
Uma fila de meninos e meninas, grande parte deles com menos de 10 anos, se forma na porta da sala de audiência do Tribunal de Imigração em Nova York, nos Estados Unidos. Alguns vestem roupa social – vestido, camisa de botão e até terno – para enfrentar pela primeira vez um juiz desde que chegaram ilegalmente aos EUA pelo México. Eles percorreram trajetos perigosos, quase sempre sem a companhia de adultos. Um deles é Rigoberto Medina-Pinto, 8, que chegou ao país em maio com a irmã, Joseline, 18, vindo da Guatemala. Com camisa social e colete, ele se senta em frente à juiza Elizabeth Lamb, ao lado da mãe, Reina, que mora nos EUA desde 2005, mas continua sem documentos legais. Após se apresentar, de forma pausada, a juíza pergunta o nome do garoto, se ele fala inglês, se está estudando nos EUA e se tem advogado. O procedimento, facilitado por uma tradutora, é o mesmo com cada criança que entra na sala. As respostas às três últimas perguntas são quase sempre "não".