PF prende 51 suspeitos de pornografia infantil
A Polícia Federal prendeu 51 pessoas nesta quarta-feira (15) em uma operação contra a disseminação de pornografia infantil na internet com o uso de mecanismos para dificultar a identificação dos usuários da rede. Segundo o órgão, é a primeira vez que se consegue investigar no Brasil crimes na "internet profunda", chamada de "deep web". Nesse tipo de rede, os dados só são acessados por quem tem conhecimentos na área e não são catalogados como sites convencionais. "À medida que se vai a ambientes mais restritos da deep web', onde se consegue mais anonimato, as perversões aumentam, são mais explícitas", diz o agente da PF Luiz Walmocyr, que participou da operação. São Paulo foi o Estado que teve a maior quantidade de presos (12) entre 18 Estados e o Distrito Federal. Segundo a Superintendência da PF no Rio Grande do Sul, responsável pela investigação, é a ação contra pornografia infantil com o maior número de prisões da corporação. Foram presas em flagrante 45 pessoas. A investigação também identificou 11 suspeitos de armazenar e compartilhar material desse tipo no exterior, em países como México, Colômbia e Itália. A apuração dos crimes começou há um ano. Segundo a PF, além dos 51 presos, quatro pessoas já tinham sido detidas anteriormente em Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Essas detenções foram antecipadas, diz a polícia, porque havia crianças sob risco iminente de estupro. Seis delas foram resgatadas. Participaram da megaoperação, batizada de "Darknet", mais de 500 policiais. Foram cumpridos mais de cem mandados de busca e apreensão, prisão e condução coercitiva.