Desigualdade pode cair menos nos próximos anos
O fim da vigência da lei segundo a qual o piso salarial brasileiro é corrigido anualmente pela inflação do período mais a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, previsto para 2015, pode trazer não só desconforto ao novo governo, como acender o sinal amarelo no ritmo de redução da desigualdade de renda no Brasil. Nos últimos dez anos, uma combinação de programas de transferências de renda, melhorias no mercado de trabalho e expressivos aumentos salariais acima da inflação derrubaram os índices de desigualdade no País. Para especialistas, a política de redução de desigualdade deveria caminhar no sentido de melhorias educacionais com impactos importantes sobre a produtividade do trabalho em todos os níveis de qualificação. Naércio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, fala da importância de aumentar o porcentual de pessoas que chegam ao ensino superior e melhorar a qualidade da educação pública, ajudando a diminuir as desigualdades de renda entre estudantes das escolas públicas e privadas.