Recursos dos royalties não teriam efeito sobre a educação
A intenção da presidente Dilma Rousseff de financiar a educação no Brasil com recursos dos royalties esbarra não apenas na má vontade do Congresso Nacional, mas também na realidade. Segundo a Agência Brasil, levantamento feito pelo professor de matemática financeira Gil Vicente Reis Figueiredo, da Universidade Federal de São Carlos, mostrou que o investimento resultante dos recursos da Medida Provisória (MP) 592/2012 na educação equivaleria apenas a 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. A MP destina a totalidade da receita dos royalties do petróleo dos contratos novos e metade dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal para o setor. O Plano Nacional de Educação prevê o investimento de 10% do PIB, mas, hoje, a União investe apenas 5,7%. A ideia era suprir os 4,3% restantes com recursos que seriam garantidos pelo projeto.