Brasil investe mais em educação, mas gasto por aluno ainda é baixo, diz OCDE
Os anos 2000 aproximaram o Brasil dos países que mais investem verbas públicas em educação no mundo, mas a relação de recursos por aluno, a precariedade do ensino superior e da pesquisa, e a qualidade duvidosa ainda evidenciam o atraso do País. Essas são algumas das conclusões da análise de 39 países feita pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e reunidas em um relatório publicado ontem (11) em Paris (França). O estudo, elaborado por Andreas Schleicher, diretor adjunto da OCDE para Educação, é o mais amplo levantamento anual comparativo sobre o estado da educação no mundo.
Investimento – De acordo com a instituição – que reúne os países mais desenvolvidos -, o Brasil realizou um dos maiores aumentos de investimentos de seu orçamento em educação no período de 2000 a 2009 entre as nações avaliadas – de 10,5% a 16,8% -, tornando-se o quarto no ranking e superando a média de 13%. Esse resultado foi possível pelo incremento de 149% dos investimentos por aluno no ensinos fundamental e médio, o que fez do País um dos que mais elevou a aplicação de recursos entre 2005 e 2009.