Governo quer habilitar novos centros para aborto e capacitar profissionais
O Ministério da Saúde deve capacitar médicos da rede pública para o atendimento de gestantes dispostas a interromper a gravidez após o diagnóstico de anencefalia do feto. A proposta prevê a preparação de um protocolo com orientações e cursos. Segundo a coordenadora da área técnica da saúde da mulher do ministério, Esther Vilella, o governo também quer acelerar a habilitação de 30 novos centros para fazer o aborto nos casos previstos pela legislação brasileira. Atualmente, existem no País 65 centros habilitados para fazer o aborto quando a gravidez coloca em risco a vida da mulher ou é consequência de violência sexual. O governo reconhece que, com a decisão do STF, a procura crescerá, mas não a ponto de sobrecarregar o sistema. "Estimamos em mil as gestações anuais de fetos com anencefalia", afirmou Esther.