País abandona programa para reduzir atraso escolar
Uma das principais políticas de combate ao atraso escolar tem sido gradualmente abandonada no Brasil. Moda no fim dos anos 1990 e no início da década passada, os programas chamados de correção de fluxo sofreram uma sangria de matrículas. Em 2000, havia 1,2 milhão de estudantes do ensino fundamental frequentando esse tipo de curso. No ano passado, esse número tinha despencado para 172 mil, uma queda de 86%. Os alunos em correção de fluxo são organizados em salas de aulas separadas. O objetivo é recuperar o conteúdo não aprendido por eles e depois devolvê-los para o ensino regular na série certa. No Brasil, 21% das crianças do ensino fundamental não estão na série adequada à sua idade – geralmente, porque repetiram de ano ou ficaram um período fora da escola. Em 2006, esse índice era maior (28,6%), mas, para especialistas, é cedo para enxugar os programas. Ainda existem cerca de seis milhões de alunos com atraso de dois anos ou mais no ensino fundamental no País.