RJ: Polícia do Rio prende 57 suspeitos de envolvimento com aborto ilegal

Veículo: A notícia foi publicada nos principais jornais do País - BR
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A Corregedoria da Polícia Civil do Rio prendeu, nesta terça (14), 57 pessoas suspeitas de envolvimento com abortos clandestinos no Estado. Outras cinco já estavam presas e 13 são procuradas. Entre os detidos há médicos, advogados, policiais civis e militares, um bombeiro e um sargento do Exército. O lucro da quadrilha seria de R$ 300 mil por mês. Entre os acusados de chefiarem o grupo, há três médicos com idades entre 70 e 90 anos envolvidos com a prática de aborto desde a década de 1970 e moradores de bairros nobres do Rio, segundo a investigação. Segundo a investigação, o grupo montou, desde 2013, nove "centros abortivos itinerantes" para fugir da polícia. Foram tomados depoimentos de 37 mulheres, atendidas entre 2011 e 2013, que realizaram os abortos nesses locais. Entre as testemunhas, há mulheres que abortaram com sete meses de gestação (o que aumenta o risco de morte) e uma adolescente de 13 anos. Para o Ministério Público, os acusados devem responder pela prática dos 37 procedimentos e por crimes de corrupção passiva e ativa, exercício ilegal da medicina e associação criminosa armada. Os abortos eram feitos em adultas e jovens do Rio, de São Paulo e do Espírito Santo. No Rio, duas mulheres morreram recentemente após fazerem abortos em clínicas clandestinas. O corpo de Jandira Cruz, 27, foi encontrado carbonizado. Elizângela Barbosa, 32, morreu em Niterói. Com um tubo plástico no útero, seu corpo foi abandonado num hospital público.

Temas deste texto: Saúde