GO: Estudantes ainda sofrem com intoxicação
Seis meses depois de pulverização irregular de agrotóxico ter atingido uma escola num assentamento rural em Rio Verde (GO), os estudantes ainda sofrem com os sintomas causados pelo contato com o produto. Depoimentos de pais e professores nesta terça-feira (29), na Câmara Municipal, dão conta que vários estudantes ainda sentem náuseas, falta de ar, coceiras e dores de cabeça, e ainda não foram submetidos a exame de toxicologia. Na audiência, uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos do Senado, as mães contaram que seus filhos têm até vergonha de sair de casa, com receio de serem chamados de "envenenadinhos". A contaminação ocorreu em 3 de maio deste ano, quando um avião pulverizador da empresa Aerotex Aviação Agrícola despejou uma quantidade do inseticida Engeo Pleno, da multinacional Syngenta, sobre a Escola Rural de São José do Pontal, a menos de 50 metros de uma plantação de milho e soja. Na hora, as crianças estavam no recreio, e 45 foram atingidas, além de dois professores.