Novo IPCA indica que famílias reduziram parcela de investimentos do orçamento para Educação
Considerada fundamental para o aumento da competitividade nacional, a educação perdeu peso no novo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem (11), o índice leva em conta os hábitos de consumo de 2008/2009. Segundo o IBGE, no período, a parcela do orçamento médio familiar para educação era de 4,3735%, contra 7,2137% no antigo IPCA, baseado nos dados de 2002/2003. Cursos formais, de educação infantil ao ensino superior, entre outros, como preparatórios e idiomas, perderam participação no índice oficial de preços do País. Os especialistas divergem sobre a queda, pois o custo da educação tem crescido mais que a inflação. Para Irene Machado, técnica do IBGE, as famílias decidiram transferir o aumento na renda para outros gastos e serviços, optando, por exemplo, em tirar os filhos das escolas privadas. Mozart Ramos, integrante do Conselho Nacional da Educação, se disse surpreso com os dados e defende outra hipótese: a de que o custo menor existe por causa da redução no tamanho das famílias.