RJ: Adoção – Mães pedem ajuda
Há três anos, a pensionista S. abriu as portas da sua casa para receber três meninos, com idades entre um e cinco anos, filhos de dependentes do crack. Pelo trabalho social, ela recebia uma ajuda de custo do Programa Família Acolhedora, destinado aos cariocas que abrigam provisoriamente crianças, enquanto aguardam decisão judicial de reintegração familiar ou encaminhamento à adoção. O amor dela pelas crianças motivou um pedido de adoção. Desde então, nunca mais recebeu auxílio do governo. “Por que a prefeitura não pode dar um auxílio e uma bolsa de estudo para quem adota crianças dos abrigos municipais?”, questiona S. As limitações do programa Família Acolhedora, que conta com a adesão das famílias, e a superlotação nos abrigos municipais, fez com que a 3ª Promotoria de Justiça da Infância, do Ministério Público, ingressasse com ação civil pública contra a Prefeitura do Rio de Janeiro. O município foi intimado no mês passado, a apresentar em até 120 dias plano de criação de mais 258 vagas em abrigos da capital.