Greves de professores somam mais de 400 dias úteis sem aula no país em 2013

Veículo: Valor Econômico - BR
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A realidade de salários baixos e de carreira fragilizada e pouco atrativa do magistério público levou cerca de 100 mil professores de 11 redes estaduais e de escolas municipais de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Velho a cruzar os braços em 2013. Levantamento do jornal Valor Econômico com base em dados do Censo escolar, de secretarias de educação e sindicatos, aponta que as greves, somadas, resultaram em 400 dias úteis sem aula e mais de 1,5 milhão de alunos prejudicados. O Ministério da Educação (MEC) teme que as paralisações influenciem negativamente os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que tiveram avaliações aplicadas recentemente. A onda de greves também amplifica o problema do descumprimento, por parte de muitos estados e municípios, da lei nacional do piso do magistério, de 2008, que prevê reajustes salariais anuais entre 15% e 25% na folha de pagamento docente.