Como aproximar meninos e meninas

Veículo: Revista Época - BR
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No livro Cérebro azul ou rosa, a neurocientista americana Lise Eliot, doutora pela Universidade Columbia e professora da Universidade Rosalind Franklin, em Chicago, propõe que os pais e professores deixem os estereótipos de gênero de lado para que as crianças possam explorar todo o seu potencial. "Para ser feliz em nossa sociedade, você precisa de uma boa mistura de traços tipicamente masculinos e femininos. É importante ser forte e assertivo, mas também atencioso e sensível", afirmou. No livro, Lise reúne pesquisas sobre o cérebro de crianças e diz que, ao contrário do que se imagina, não existem tantas diferenças inatas. Em bebês recém-nascidos, elas são muito sutis. Modificam-se com o tempo, já que nossa massa cinzenta é capaz de se remodelar de acordo com as experiências vividas. Essa é a base de toda aprendizagem. "As pequenas diferenças se tornam maiores, por causa da forma como tratamos meninos e meninas e do jeito de eles brincarem com seus amigos. Vivemos numa sociedade muito segregada por gêneros", diz Lise.