3,5 milhões no trabalho infantil
Enquanto a presidente Dilma Rousseff defendia "ações firmes" de combate ao trabalho infantil, na terça-feira (8), na abertura da 3ª Conferência Global sobre o tema, em Brasília, milhares de crianças e adolescentes labutavam país afora em busca de dinheiro. A cerca de 30 km de onde Dilma discursou, Larissa (nome fictício), de 11 anos, trabalha diariamente como camelô para ajudar os pais, no centro de Ceilândia (DF). Ela é um dos 3,5 milhões de crianças e adolescentes que engrossam as estatísticas do ofício precoce no Brasil. Embora o País tenha apresentado redução da taxa de trabalho infantil, de 11,8%, em 2004, para 8,3%, no ano passado, especialistas e a própria presidente admitem que ainda há muito o que se fazer para alterar definitivamente o cenário. Para Antonio de Oliveira Lima, procurador do Trabalho e integrante do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Peteca), o panorama nacional mostra desafios importantes em relação à adolescência.