A educação, além dos royalties

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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Em artigo, o vice-presidente da Fundação Itaú Social e membro do Conselho de Governança do movimento Todos pela Educação, Antonio Jacinto Matias, afirma que, embora louvável, a destinação dos royalties do petróleo para a educação não será suficiente para, "sozinha, garantir a oferta de ensino público de qualidade, fundamental para o País". Ele aponta a necessidade de avanços em gestão. "O debate público tem se concentrado em torno da fixação de uma porcentagem de recursos do PIB para a educação, por meio da aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE), e a chegada dos royalties. As duas questões merecem um exame mais detalhado se não quisermos ver recursos desperdiçados". Com a aprovação do PNE, as cidades deverão adequar seus planos educacionais às novas metas. No entanto, dos 5.565 municípios, 2.181 não têm plano de educação, segundo o IBGE. Além disso, "o Brasil gasta US$ 2.416 anualmente por estudante do ensino fundamental ao superior, ao passo que a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico é de US$ 8.354. No Chile, o gasto é de US$ 3.521 e na Argentina, US$ 3.204".