A Voz da Infância: estado cria programa para combater a violência infanto-juvenil
A Secretaria estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos vai implementar um programa com locais de escuta para crianças e adolescentes dentro de escolas públicas municipais a partir de uma parceria com prefeituras nas diversas regiões do estado. O objetivo é que profissionais de educação sejam capacitados para identificar sinais e indicadores de violência infantil em quando necessário, acionem uma equipe técnica formada por psicólogos e assistentes sociais para acompanhar o caso. A expectativa é que o projeto, que ganhou o nome de “A voz Da Infância”, seja adotado ainda no primeiro semestre deste ano 2025 em Belford Roxo, Mangaratiba, Paraty e Rio das Flores.
— Estamos trabalhando em sintonia com diversas prefeituras neste projeto porque entendemos a importância de estarmos ampliando essa oferta da escuta especializada, e assim evitando novas vítimas, ou oferecendo o suporte imediato para crianças e adolescentes. É um trabalho de prevenção aliado ao acolhimento — destacou Rosângela Gomes, secretária da pasta.
A escuta especializada que vai nortear o trabalho do programa “A voz Da Infância” é considerada um dos principais mecanismos de proteção a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. Dados de 2021 do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, mostram que 81% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa.
— O maior índice de violência contra a criança e adolescente é intrafamiliar. Sabemos que a realidade dessa violência acontece dentro de casa. E muitas vezes, o professor passa mais tempo com a criança na escola do que a família dentro de casa. Então, capacitar esse educador para essa realidade é um grande passo para alcançar essa criança e conseguir uma medida protetiva de urgência — disse Arthur Souza, subsecretário estadual da Criança e Adolescente.
Para saber mais sobre o direitos das crianças, conheça a newsletter Infância na Mídia.