‘Abuso não combina com a folia’: campanha busca conscientizar contra violência sexual infantil no carnaval
‘Abuso não combina com a folia’: Folia Carioca e Ministério Público do Trabalho se uniram para levar informações em cartazes e outdoors durante esse período do ano. Órgãos afirmam que acesso ao álcool e sexualização deixam crianças mais vulneráveis
Acesso ao álcool, sexualização, negligência de responsáveis e uso do trabalho infantil são alguns fatores apontados para o aumento da vulnerabilidade de crianças e adolescentes durante o carnaval. Por conta disso, Folia Carioca e Ministério Público do Trabalho se uniram em uma campanha contra o abuso infantil.
O projeto “Abuso não combina com a folia. Para um Carnaval seguro para as crianças” busca conscientizar foliões para o combate a esse crime.
A Folia Carioca, uma das mais representativas entidades do carnaval de rua carioca, aponta ainda para a vulnerabilidade que crianças se encontram para abusos, principalmente nesta época.
A ação conta ainda com o apoio da Associação de Conselheiros Tutelares do Estado do Rio de Janeiro (ACTERJ), e prevê a instalação de outdoors, busdoors, cartazes em estações do MetrôRio e da Supervia e a distribuição de ventarolas.
Serão dez outdoors em vários pontos da cidade, 50 busdoors em 16 linhas de ônibus, cartazes nas estações Carioca, Cinelândia, Saens Pena e Botafogo do MetroRio e na Central do Brasil (Supervia).
Milhares ventarolas serão distribuídas em cortejos dos blocos e bandas.
De acordo com Marco Muniz, coordenador da Folia Carioca, a ação é mais uma oportunidade de lançar luz sobre este importante problema da sociedade: “Como instituição, temos uma responsabilidade social que vai além da folia. Entendemos que o carnaval é uma oportunidade de levar uma mensagem à população”.
Já a presidente da ACTERJ, Tatiana Charles, destaca que a ação também é importante para informar à população como se faz a denúncia de violação dos direitos de crianças e adolescentes. “Campanhas de sensibilização são fundamentais para proteção de crianças e adolescentes”, afirma.
A campanha também conta com a colaboração da Federação dos Blocos Afros e Afoxés do Rio de Janeiro (Febarj), da Liga Independente dos Blocos de Embalo do Estado do Rio de Janeiro (Liberj), da Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (Aesm-Rio) e do G.R.E.S. Estácio de Sá.
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