Adolescentes aliciados pelo tráfico

Veículo: Correio Braziliense - DF
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O perfil de jovens em conflito com a Lei revela fatores sociais recorrentes entre eles: a falta de estrutura familiar e de informação, acompanhadas do abandono escolar e do envolvimento com substâncias químicas. E mais um traço comum é que eles não demonstram arrependimento. Esse contexto social é o que precede, muitas vezes, a prática de atos infracionais como o roubo e tráfico de drogas. O relatório Situação da Adolescência Brasileira, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), analisou as condições de meninos e meninas entre 12 e 17 anos e aponta a desigualdade social a que estão expostos. No Distrito Federal, há 261.491 nessa faixa etária (10,2% da população), dos quais apenas 0,9% trabalhava e 4,1% não estudavam e não trabalhavam em 2009. O resultado é uma média de 36,6 mortes de adolescentes nessa faixa etária, por crimes violentos. Para o especialista Ariel de Castro, os programas na área social e de inclusão não atingem os jovens que mais necessitam de proteção. Ele afirma que se o poder público não inclui o jovem na sociedade, o crime organizado o faz.

Temas deste texto: Drogas