Adolescentes não podem ser “abandonados” no mundo virtual, dizem especialistas

Veículo: www.ebc.com.br - DF
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Muitos pais ensinam os filhos a não conversarem com estranhos na rua e a não dizer o nome nem o endereço. No entanto, o mesmo cuidado não é tomado em relação ao mundo virtual. O promotor de Justiça Thiago Pierobon, coordenador do Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ressalta que a criança não pode ser “abandonada” no mundo virtual. “É muito importante que os pais, os professores, as pessoas que têm a guarda das crianças e dos adolescentes estejam mais envolvidas no sentido de não deixarem essas crianças abandonadas no mundo virtual, que elas estejam sob supervisão.” Segundo ele, as novas mídias sociais, como o Facebook e, mais recentemente, o Whatsapp, associadas ao aumento do número de aparelhos celulares com acesso à internet potencializam as relações sociais exigindo uma maior atenção por parte dos pais ou responsáveis pelas crianças e adolescentes. Permitir que eles utilizem tablets e computadores com acesso à internet sem supervisão aumenta o risco de que um adulto mal intencionado obtenha fotos e gravações e acabe compartilhando esse conteúdo na rede, diz o promotor. Segundo o promotor Thiago Pierobom, o desafio hoje não é mais a legislação e sim, a prevenção. “O nosso grande desafio hoje é aparelhar o Estado e realizar campanhas educativas adequadas para a prevenção desse tipo de violação de direitos”, destacou.