AP: Infância roubada por falta de infraestrutura
Com olhares atentos e curiosos, as crianças das áreas de ressaca de Macapá (AP) sempre são muito sensíveis a tudo que acontece ao seu redor. A estudante Beatriz Reis Carvalho, de apenas nove anos, já conhece a dura realidade de morar em um local com pouca assistência dos poderes públicos. Bia, como gosta de ser chamada, pensa na melhoria da ponte onde vive para que os seus amigos não caiam mais na água enquanto brincam. “Às vezes os meus amigos caem dessa ponte porque ninguém a endireita e, ficamos todos molhados (…). Eu também já caí”, relata. Sem espaço para brincar, a única alternativa de lugar para lazer com os amigos é o meio metro de largura das pontes. Entretanto, em momentos de chuva, as pontes ficam submersas, impossibilitando a diversão dos meninos dessas localidades.