Autismo ligado à pré-eclâmpsia

Veículo: Correio Braziliense - DF
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Problema que acomete 5% das grávidas, a pré-eclâmpsia – aumento da pressão arterial acompanhado da perda de proteínas pela urina – comprovadamente dificulta os primeiros dias de vida dos bebês. A estimativa é de que filhos de mulheres que sofrem com essa complicação tenham de quatro a cinco vezes mais chance de nascer com peso abaixo do normal. Um estudo divulgado nesta semana no jornal Jama Pediatrics, da Associação Médica Americana, sinaliza que os comprometimentos podem ir além. Cientistas do Instituto MIND UC Davis, nos Estados Unidos, detectaram uma relação entre a pré-eclâmpsia e o autismo. Segundo eles, filhos gerados em condições de pressão arterial anormais são duas vezes mais propensos a ter o transtorno. O estudo foi realizado com mais de mil crianças, do sexo masculino e feminino e idade entre 2 e 3 anos. Todas as mães dos participantes tinham sofrido pré-eclâmpsia. Ao analisar os dados clínicos dos pequenos, os cientistas constataram que um pouco mais da metade deles era autista, quase 200 apresentavam atraso de desenvolvimento cognitivo e 350 se desenvolviam normalmente.

Temas deste texto: Saúde