Brasil gasta R$ 7 bilhões ao ano com gravidez precoce, aponta ONU
O estudo anual Situação da População Mundial, divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), conclui que o Brasil conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na arrecadação anual caso "adolescentes adiassem a gravidez até depois dos 20 anos". A pesquisa revela que, nos países em desenvolvimento, 70 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 200 morrem por causa de complicações da gravidez ou parto, todos os dias. Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano, das quais dois milhões são menores de 15 anos. O estudo estima um aumento para três milhões até 2030, se a tendência atual for mantida. O documento do estudo intitulado Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência aborda, entre outras questões, "as implicações da gravidez na adolescência e o que pode ser feito para garantir uma transição saudável e segura para a vida adulta". O estudo destaca ainda as consequências da maternidade precoce e não planejada para "a saúde, educação, emprego e direitos de milhões de meninas em todo o mundo".