Câmara debate punição mais severa a adolescentes em conflito com a lei
A criação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados para reformar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reacende o debate sobre o endurecimento das punições para autores de atos infracionais. Por causa de um latrocínio (roubo com morte) praticado em 9 de abril por um jovem, três dias antes de completar 18 anos, em São Paulo, políticos daquele Estado lideram um movimento nacional para reformulação do ECA. A principal proposta é o aumento de três para oito anos para o tempo de internação de autores de atos infracionais equivalentes a crimes hediondos. Se estivesse em vigor, o adolescente paulista ficaria recolhido até as vésperas de completar 26 anos. A comissão especial da Câmara para reavaliar o ECA deverá ser instalada na semana que vem e tem prazo de 60 dias para definir quais propostas vão a plenário.