Cartórios do Paraná registram mais de 13 mil crianças sem o nome paterno na pandemia da Covid-19

Veículo: Tribuna do Paraná
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Dados inéditos levantados pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná apontam que um pouco mais de 13 mil crianças foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento nos últimos dois anos, ou seja, 21% de queda comparado a 2019. As informações foram divulgadas pelo Portal da Transparência do Registro Civil.

Em números absolutos, 13.535 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados com apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento, sendo 6.731 no primeiro ano de pandemia, e 6.804 no segundo ano. Os recordes são verificados justamente nos anos em que houve os menores números de nascimentos da série histórica dos cartórios, desde 2003, totalizando 148.221 registros em 2020 e 143.212 em 2021.

Os dados constam nos dois novos módulos “Pais Ausentes” e “Reconhecimento de Paternidade”, lançado nos últimos dias pelo Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma nacional e administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os dados referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todos os municípios e distritos do país.

“Os cartórios de registro civil, por meio do Portal da Transparência, desempenham um importante papel para que a sociedade tenha conhecimento dos impactos causados pela pandemia. Ao trazer estes novos módulos, de mães solos e reconhecimento de paternidade, também fomenta novas discussões como forma de contribuir com o aspecto social e de orientação à população”, disse Mateus Afonso Vido da Silva, presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR),

Brasil

Já no Brasil, os dados levantados pelos cartórios de registro civil do país apontam que, nos quase dois anos completos de pandemia, mais de 320 mil crianças foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento, uma queda de 30% quando comparados a 2019, último ano antes da chegada da Covid-19.