CE: Na adolescência, foco é saúde de modo integral
Para o estudante Pedro Davi, 17 anos, a ida ao pediatra é vista com naturalidade. Acompanhado pela mesma médica desde a infância, ele se sente à vontade e até se diverte durante as consultas. A relação de confiança construída ao longo dos anos se mantém, mas com uma diferença: às vésperas de chegar à maioridade, a especialista faz questão de tratá-lo como adolescente, e não como o menino que conheceu tempos atrás. "Foi engraçado quando, certa vez, chegamos à sala de espera e só tinha bebês e crianças. Pedro Davi é muito alto, era o maior de todos, mas não se mostrou desconfortável. Na hora, começou a rir lembrando de quando era criança. Para ele, foi tranquilo. Não se sentiu menos homem nem menos adolescente", lembra a psicóloga Adília Ramos, mãe do garoto. A dinâmica da consulta, de fato, difere da avaliação do pediatra e do clínico geral, pois é realizada "em tempos" diferentes. De acordo com Lígia Reato, membro do Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), para garantir a visão integral de saúde, o encontro com o hebiatra é bastante completo, abordando muito além da queixa que o motivou a procurar o médico.