Cirurgia intrauterina permite corrigir a malformação fetal
O diagnóstico precoce de malformação no pré-natal, que pode ser confirmado pela ultrassonografia e demais exames complementares, é o primeiro passo para os médicos sugerirem procedimentos que podem ser realizados graças à tecnologia por trás da cirurgia fetal. Entre eles, está a intervenção endoscópica para fechamento de espinha bífida ou mielomeningocele. Trata-se de uma doença congênita caracterizada por uma malformação das estruturas que protegem a medula e que acomete o feto geralmente na sétima semana de vida intrauterina. Bebês com essa anomalia podem desenvolver hidrocefalia ou perder a capacidade de andar. No Brasil, até abril deste ano, para se corrigir o problema durante a gestação, era necessário o médico recorrer à cirurgia convencional, com corte na barriga e no útero para operar o feto. Em 1º de maio, o Hospital Samaritano, em São Paulo (SP), recorreu a uma técnica inédita desenvolvida pela médica Denise Pedreira. Ainda no útero, um feto foi submetido a um procedimento endoscópico para corrigir a doença.