Cobertura vacinal de crianças com menos de 2 anos cai no DF

O levantamento mostra que entre os anos de comparação, houve queda de 10,9% na cobertura vacinal do rotavírus. A vacinação da tríplice viral (primeira dose) caiu 12,3% e a da febre amarela chegou a uma redução de 22,7% na cobertura.

No caso da vacina BGG, a queda em comparação com 2015 foi de 28,6%. Segundo o relatório, as vacinas penta e hepatite B só apresentaram índices maior do que 2019 porque nesse ano houve falta de estoque dos imunizantes.

No caso das demais vacinas (veja imagem abaixo), o documento diz que não foi possível fazer o comparativo porque nenhuma das regiões de saúde alcançou a meta preconizada.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informa que a vacinação, além de importante para saúde das pessoas, é obrigatória no Brasil e amparada pela Constituição Federal, pelo Código Penal e por políticas de saúde pública. A instituição explica ainda que todas as vacinas são seguras, já que foram submetidas a “testes rigorosos”.

“Os benefícios da vacinação superam os riscos de reações, considerando que muitas outras doenças e mortes ocorreriam sem as vacinas”, diz a SBP.

A SBP diz ainda que além de proteger a saúde individual, a vacinação da maior parte da população pode possibilitar a eliminação de doenças graves do cenário mundial. “Quando a gente deixa de vacinar, a proteção da populaçãoo diminui e as doenças voltam, o que pode aumentar a mortalidade infantil e de outas faixas etárias”, afirma.

Segundo a instituição, um exemplo é o sarampo, que já não ocorria no Brasil há mais de duas décadas e voltou porque a cobertura vacinal baixou, deixando a população desprotegida.

Após o início da vacinação contra a Covid-19, a mortalidade pela doença caiu mais de quatro vezes, segundo a Secretaria de Saúde. O início da vacinação começou no início de 2021 na capital.

Até o último dia 24, pouco mais de 800 mil casos de Covid foram registrados no DF. Desse total, 10.830 resultaram em óbitos.

Segundo o levantamento, os óbitos por Covid saíram de 4,24% do total de casos registrados no DF para 1,7%, entre março e junho de 2021, período em que a população era vacinada com a segunda dose do imunizante, na capital.

Ainda de acordo com a pasta, a queda se repetiu durante a fase de aplicação da dose de reforço, em setembro de 2021: a taxa de mortalidade caiu de 1,74% para 0,41% em dezembro do mesmo ano.