Colecionar pode trazer desinibição, persistência e organização para as crianças

Veículo: Zero Hora - RS
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Em ano de Copa do Mundo, é comum deparar com grandes grupos de crianças (e até de adultos e idosos) empenhados em trocar figurinhas e completar o álbum do torneio o mais rapidamente possível. Craques das mais consagradas seleções de futebol passam de mão em mão e terminam afixados nas páginas dos colecionadores. Mas não são apenas os cromos que se tornam intercambiáveis nesse processo. “Cria-se um ambiente de negociação e barganha, um verdadeiro mercado de escambo sustentado por uma rede social bastante extensa e complexa. As pessoas envolvidas e, principalmente os pequenos, são estimulados a constituir valores simbólicos aos objetos permutados e a serem desinibidos para estabelecer o maior número de contatos que conseguirem”, explica Tânia Fortuna, pedagoga e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). De acordo com a especialista, o colecionismo pode ser considerado um resquício do ato de brincar já que, à medida que crescemos, a prática acaba se tornando uma espécie de brincadeira para os adultos.

Temas deste texto: Esportes & Lazer