Conanda admite discutir restrições a anúncio para crianças e adolescentes
Depois de publicar resolução que, na avaliação de associações de anunciantes e empresas de comunicação, proíbem na prática a propaganda voltada para crianças e adolescentes no País, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) afirma que ainda há espaço para discutir o assunto e até mesmo mudar a medida, que entrou em vigor na última sexta-feira (4). "Precisamos conversar a partir dos reflexos que a resolução está tendo na sociedade e, assim, chegarmos a um acordo comum", disse a presidente do órgão ligado à Presidência da República, Miriam Maria José dos Santos. Embora defenda o texto da resolução, que tem força de Lei, Miriam disse não descartar a possibilidade de o papel de fiscalização da publicidade abusiva a esse público ser feito pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). A resolução foi publicada na sexta-feira passada no Diário Oficial da União. Nesta segunda-feira (7), associações de anunciantes, de publicidade, de empresas de comunicação, entre outras, divulgaram nota na qual afirmam que a autorregulamentação exercida pelo Conar é o "melhor e mais eficiente caminho" para o controle de práticas abusivas na publicidade comercial.