Cota obriga escola pública a investir em modernização

Veículo: Correio Braziliense - DF
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As escolas públicas do Distrito Federal, responsáveis pela formação de pelo menos 12,5% dos próximos estudantes a ingressarem na Universidade de Brasília (UnB), têm um longo caminho a percorrer para alcançar a qualidade do ensino similar a da rede privada. No último levantamento divulgado a partir das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a melhor instituição mantida pelo Governo do Distrito Federal, o Setor Oeste, aparece apenas na 54ª posição do ranking geral. Mesmo assim, com a instituição das cotas sociais, existe a possibilidade de alguns alunos migrarem dos colégios particulares para os do governo na esperança de terem mais chances de aprovação. As opiniões sobre o tema se dividem. A Secretaria de Educação prepara-se para um possível aumento na procura, mas as privadas não temem uma evasão.

Modernização – O coordenador de ensino médio da Secretaria de Educação, Gilmar de Souza Ribeiro, considera a política de cotas positiva. Para ele, a migração será gradativa, e os estudantes serão bem recebidos. "Depois de quase uma década sem investimento em infraestrutura, voltamos a modernizar as escolas, adotamos política de banda larga para todas as instituições e vamos reequipar os laboratórios de física e de química", disse. Ele aposta ainda na retenção de talentos na rede. "Aqueles alunos excelentes que faziam provas para obter bolsas em escolas privadas se manterão nas públicas e aumentarão os índices de aprovação no vestibular".

Temas deste texto: Educação