Cozinhas viram salas de aula em colégios da capital paulista
Lápis e caderno dão lugar a panela e colher de pau. Em vez de giz de cera, as mãos ficam sujas de farinha. Em colégios de São Paulo, a cozinha virou sala de aula. Popular na TV e nas redes sociais, a culinária ganha força como estratégia pedagógica, da educação infantil ao ensino médio. A atividade ajuda a conquistar autonomia e até as disciplinas clássicas, como Ciências, Matemática e Inglês. "É um aprendizado por experiência. Eles veem a farinha se transformar em pão ou em bolo", diz Cristine Escudeiro, professora da educação infantil do Colégio Humboldt, em Interlagos, zona sul. Na escola, alunos da educação infantil vão à cozinha uma vez por mês. Além de agradar ao estômago, a ideia é estimular todos os sentidos. "Trabalhamos com cores, cheiros, texturas." Na cozinha infantil, os cuidados com higiene e segurança são importantes. Facas não têm ponta e as pias são adaptadas para os pequenos. "Somos nós que levamos a comida ao fogo e eles não podem mexer nos armários", afirma Cristine.