Creches e pré-escolas paradas pela burocracia

Veículo: Correio Braziliense - DF
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Na campanha presidencial, pautada pela promessa de erradicar a miséria no Brasil, a candidata Dilma Rousseff classificou a falta de creches e pré-escolas como uma das raízes da desigualdade social e se comprometeu em entregar seis mil unidades para crianças com menos de 5 anos. A promessa foi atualizada no início deste mês para 8.685. Quase três anos depois, imprensada pela burocracia que atrasa os repasses aos municípios, o governo não está nem perto de cumprir a meta. Um dos principais problemas é a incapacidade de cumprir os contratos acertados com as prefeituras. O prazo de dois anos para conclusão das unidades escolares nem sempre é cumprido. Os entraves são variados, mas se concentram na dificuldade que os municípios têm de administrar o fluxo das obras. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os atrasos na execução das obras apresentam justificativas diversas, que passam pela falta de empresas interessadas em participar das licitações, problemas climáticos, falta de pessoal qualificado e falta de material de construção no mercado local, entre outros problemas.