Criado há cinco anos, Cadastro Nacional de Adoção não agiliza
O Cadastro Nacional de Adoção acaba de completar cinco anos, mas ainda está longe de atingir seus objetivos: agilizar processos na Justiça e reduzir o número de crianças em abrigos. Criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o cadastro tem 29.284 adultos em busca de um filho e 5.471 crianças e adolescentes aptos a serem adotados. Pouco para um universo de mais de 45 mil crianças e jovens à espera de um lar. Até hoje, 1.899 adoções foram feitas pelo cadastro. "Ainda está muito aquém do desejado", diz Gabriel da Silveira Matos, juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça. O juiz Matos, no entanto, afirma que a ferramenta agilizou a aproximação e que o número de adoções resolvidas não pode ser desprezado. Há quase 40 mil crianças em abrigos que não estão no cadastro nacional porque ainda têm algum vínculo com a família biológica. É uma segurança: a criança só é cadastrada quando há uma sentença de destituição do poder familiar e não há mais qualquer possibilidade de a família recorrer, explica o advogado Antonio Carlos Berlini, presidente da comissão de adoção da OAB-SP.