Criança deve evitar eletrônicos até 12 anos de idade, afirma educador
Tablets são uma péssima maneira que os pais acharam para ocupar as crianças, diz Flávio Comim, 48, ex-economista sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Para ele, o ideal é que as crianças evitem os eletrônicos até os 12 anos. "O uso excessivo de aparelhos eletrônicos limita as conexões neurais. As crianças não pensam aberto, mas dentro da caixa", afirma. Economista, ele é um dos coordenadores do Círculo da Matemática, projeto nascido em Harvard há 20 anos. De acordo com Comim, os pais devem se importar com os estudos dos filhos. “As crianças não aprendem com discurso, mas sim com a prática. Você briga com seu filho por causa de uma nota ruim e, quando ele vem mostrar algo que aprendeu, você diz "bonito, agora vamos ver televisão". Os pais têm de ser coerentes”, diz. “O efeito família é superior ao efeito escola na explicação do desempenho das crianças. Professores não conseguem mudar a realidade que o aluno vive em casa. Há muito que os pais podem fazer: ler um livro, brincar juntos, criar rotina. Isso dá segurança à criança ir bem na escola. Mas é preciso regras, punições consistentes”, observa.