Crianças de Gaza enfrentam a guerra

Veículo: Gazeta do Povo - PR
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As crianças do clã palestino Attar vivem sua terceira guerra em apenas cinco anos. A cada conflito, abandonam o lar para se proteger dos bombardeios de Israel que atingem bairros residenciais na Faixa de Gaza. As cicatrizes psicológicas são visíveis. Algumas demonstram o problema de forma mais evidente, outras abraçam suas mães ou se escondem timidamente, como Ahmed, de 12 anos, que se sentou sozinho em um banco no quintal da escola da Organização das Nações Unidas (ONU) onde sua família procurou refúgio uma vez mais na última segunda-feira (14). “O bombardeio foi muito perto da minha casa”, disse o menino, cabisbaixo, evitando o olhar. Especialistas afirmam que será cada vez mais difícil curar vítimas como essas, que passam por traumas que se repetem ainda na infância. “Para muitas crianças de Gaza, essa é a terceira vez que passam por choques assim”, explica Bruce Grant, chefe da agência para proteção das crianças em territórios palestinos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Isso reduz a capacidade de elas resistirem às crises e de se recuperar. Algumas não voltarão à normalidade e o medo vai se tornar comum em suas vidas.

Temas deste texto: Conflitos Armados