Crianças e jovens devem ser prioridade, diz pesquisadora
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) está prestes a completar 25 anos. No Ceará, o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca-Ceará) chega à duas décadas de atuação. E, há muito, a garantia de direitos dos meninos e meninas é discutida. Mas, apesar dos debates e da atuação de alguns segmentos sociais, a seguridade da infância e da juventude ainda não foi garantida. A avaliação é da psicóloga Maria Helena Zamora, integrante do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social (Lipis), vinculado à Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). A pesquisadora esteve em Fortaleza durante o fim de semana para participar da abertura das comemorações e dos debates alusivos aos 20 anos do Cedeca. Maria Helena desenvolve pesquisas, desde a década de 1990, sobre desigualdade social, psicologia jurídica, sistema socioeducativo e adolescentes em conflitos com a lei. Segundo a psicóloga, é preciso mudar a dinâmica de acolhimento das crianças e adolescentes, pois, diante do cometimento de atos infracionais, a tendência dos participantes sociais (pais, professores, amigos) é repelir a presença dos jovens.