Crianças participam do G20 Social e dizem o que pensam sobre os temas dos debates
Em meio a brincadeiras e muitas atividades, as crianças deram suas opiniões no G20 Social. A Tenda das Crianças no Armazém 3 do Píer Mauá, abriu espaço para estudantes da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Meninas e meninos botaram a boca no trombone e falaram tudo o que pensam sobre o que está sendo discutido pela sociedade civil no G20 Social e pelos líderes no G20. Carolina Terra, Pesquisadora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio), com experiência no desenvolvimento de pesquisas nacionais e internacionais e advocacy pelos direitos das crianças e adolescentes, foi uma das responsáveis pela iniciativa.
O CIESPI/PUC-Rio integra a coalizão “Crianças no G20”, que luta pelos direitos de crianças e adolescentes. O grupo organizou um pacote de recomendações estratégicas para garantir que os direitos das crianças sejam plenamente incorporados em todos os processos do G20 até a Cúpula de Líderes. A iniciativa visa construir esforços conjuntos de advocacy, ou seja, uma forma de influenciar decisões podem alterar políticas públicas por uma causa para fortalecer a presença da agenda de direitos de crianças e adolescentes no cenário global.
“Entendemos, desde o início, que não se falava sobre crianças e adolescentes no G20. Então pensamos que, além de falar sobre as crianças, tínhamos que falar com as crianças, para entender o que elas querem para este mundo, para o G20, para a nossa sociedade. A Tenda tem objetivo de ouvir as crianças sobre os três assuntos prioritários do G20: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; a mudança climática e o enfrentamento da questão ambiental com transição justa para um desenvolvimento sustentável; e a reforma da governança global”, explica Carolina.
Segundo Thamara Monteiro, assessora de parcerias institucionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, para participar do evento as crianças participaram de um concurso municipal de curtas-metragens sobre o G20. “É muito importante que as crianças façam parte de atividades da sociedade civil de modo geral. Eles são sempre muito pautados, mas raramente ouvidos e participantes. Então, quando o convite para participar do G20 Social chegou, a gente prontamente entendeu a importância e relevância da participação deles, para que eles entendam um pouquinho de como que o G20 afeta a vida deles, não só na televisão, mas também participando aqui”, declarou Thamara.
A estudante Alice Jansen, de apenas sete anos, da Escola Ginásio Educacional Tecnológico Medalhista Olímpico Lucas Saatkamp, localizada no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, foi a vencedora do concurso. Com muita desenvoltura, a pequena disse que vídeo era sobre: “Parar de jogar lixo na rua. Parar de poluir os rios. Para a gente ter um planeta melhor, para o planeta não ficar doente”.
O grupo “Crianças no G20” é composto por Save the Children, Plan International, Instituto Alana, ANDI – Comunicação e Direitos, Childhood, FamilyTalks, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Promundo, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio), Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEc+), Soulbeegood, Vertentes – Ecossistema de Saúde Mental, Global Mental Health Action Network, Instituto Árvores Vivas para Conservação e Cultura Ambiental, Instituto Jô Clemente e Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), Orygen, ItotheN e Catalyst 2030.
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