Desaparecimento de crianças ainda é um problema social
Quase mil crianças, adolescentes e jovens desapareceram no Rio de Janeiro desde 2020. Os dados são do programa SOS Crianças Desaparecidas divulgado pela FIA, Fundação da Infância e Adolescência do Governo do Estado por ocasião dos 34 anos do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente. No caso dos jovens o programa atende e registra apenas aqueles com deficiência até os 21 anos.
O SOS Crianças Desaparecidas da FIA RJ registra alta taxa de solução dos casos. Desde o início do programa em 1996, foram mais de 4,5 mil casos de desaparecidos e mais de 3.800 deles foram localizados.
Somente no ano passado, o programa teve ciência de 209 casos, com 180 localizados. Nos seis primeiros meses deste ano, foram 125, com 94 localizações e 31 ainda não solucionados.
Segundo Pedro Lima, psicólogo do Programa SOS Crianças Desaparecidas, um dos tipos de desaparecimentos mais frequentes tem sido o da fuga do lar.
Outro dado importante divulgado pela FIA RJ é o do Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência. Até maio deste ano, foram realizados mais de dois mil atendimentos com crianças e adolescentes. No ano passado foram mais de seis mil e quatrocentos.
Em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e com instituições conveniadas são desenvolvidas ações direcionadas ao atendimento de crianças e adolescentes em situação ou suspeita de violência física, psicológica, sexual além de negligência ou abandono.
O ECA completou 34 anos no último sábado e é o principal instrumento normativo do Brasil sobre os direitos da criança e do adolescente, como o acesso à educação, redução da mortalidade e do trabalho infantil. A Fundação para a Infância e Adolescência nos estados colaboram na formulação, execução e monitoramento das políticas públicas para garantia desses direitos.
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