Dever de casa, da escola e da família

Veículo: Correio Braziliense - DF
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Há uma parte tímida da classe média disposta a requerer o direito de matricular os filhos em uma escola pública de qualidade. A servidora pública Mirian Benites Falkenberg, 46 anos, tem duas filhas matriculadas em uma escola da Asa Norte, em Brasília (DF). Ela foi motivada pelo ideal de que o ensino público é para todos. "Aqui tenho a oportunidade de estar mais próxima da educação dos meus filhos", diz. Tânia Mara de Almeida, mãe e professora do departamento de Sociologia da UnB, observou que ela e outros pais montavam estratégias para matricular os filhos em determinadas unidades. "No ensino público do DF, percebemos algumas escolas, de ensino fundamental e médio, como de referência. O que faz a gente buscar essas vagas? Uma direção forte, um corpo docente comprometido, uma participação da comunidade escolar, uma gestão que integre os anseios da família". Sem uma pesquisa formalizada, a professora não se arrisca a apontar um "renascimento" da escola pública de qualidade. Sua inserção prática, porém, comprova que há uma presença de pais bastante ativos nos colégios do governo localizados no Plano Piloto. 

Temas deste texto: Pais e filhos