DF: Ação para proibir livro paradidático

Veículo: Correio Braziliense - DF
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Um livro que fala sobre amor, sexo, masturbação e métodos contraceptivos para pré-adolescentes entre nove e 14 anos tem causado polêmica entre pais e movimentos religiosos no Distrito Federal. A obra Aparelho sexual e Cia., da autora francesa Hèléne Bruller, desencadeou uma petição pública com mais de 700 pedidos de revogação imediata da indicação do livro às escolas do Brasil. O Ministério da Educação (MEC), entretanto, diz que "o livro não consta no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE)". Para o coordenador do Movimento Brasília Contra Pedofilia, Rodrigo Delmasso, um pedófilo pode usar o livro para se aproximar da criança e ela pode encarar isto como normal. “A nossa mobilização é para que seja uma obra proibida", declarou.

Repressão – A editora Companhia das Letras, responsável pela publicação no Brasil, diz que 4 mil exemplares foram vendidos no País. Por meio de nota, a editora destacou que confia no conteúdo e na qualidade do livro e que a publicação é destinada para pessoas a partir de 11 anos. "Acreditamos que proibir um livro, como querem alguns pais, é um ato de volta aos tempos de repressão", destaca. "Se, para alguns pais, essa não é maneira correta de conversar sobre sexo, para outros, é adequada. E esses pais devem ter o direito à leitura do livro", concluiu a editora.

Temas deste texto: Educação