DF: Brinquedos: mercado de gente grande
Pelo menos duas vezes por semana, a servidora pública Serpuhi Meguerian, 39 anos, se rende aos pedidos do filho Jirair Meguerian, 5, e o leva para visitar as lojas de brinquedos nos shopping de Brasília. A mãe conta que a ida às lojas é um passeio que o pequeno gosta de fazer. O brigadista Walder Cavalcanti, 55, também inclui a passadinha em um desses estabelecimentos na programação que a família costuma fazer nos centros de compras da cidade para agradar à filha Yasmim Cavalcanti, 6. As lojas de brinquedos se transformaram em pontos de passeio para as crianças e uma única unidade chega a lucrar R$ 500 mil e a receber 60 mil pessoas em apenas um mês. Nos últimos anos, os estabelecimentos do gênero investiram com o objetivo de transformar o espaço em ambiente lúdico para os pequenos consumidores. Elas apostaram em interatividade e em colocar, nas mãos das crianças, os produtos que elas terão vontade de comprar. A tendência, importada de experiências estrangeiras, como a rede britânica Hamleys, tem dado certo, e a consequência é um setor em expansão, mesmo no período em que o varejo nacional assiste à queda de vendas e da intenção de consumo das famílias.