DF: Deputada diz que Caje não tem como assegurar integridade física de jovens

Veículo: Correio Braziliense - DF
Compartilhe

A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Érika Kokay (PT-DF), e representantes de entidades de defesa dos direitos humanos visitaram nesta terça-feira (15) a Unidade de Internação do Plano Piloto (UIPP). O grupo foi investigar as circunstâncias da morte de um adolescente de 17 anos em uma das celas no último domingo (13). "Nós não podemos naturalizar a morte", disse a deputada, antes de entrar na instituição. Érika Kokay disse que o grupo fará um relatório e, depois disso, discutirá políticas de prevenção, proteção, educação e cultura e medidas socioeducativas com os organismos do Estado e da sociedade civil que têm atuação na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Integridade – A desativação da UIPP vem sendo discutida desde setembro do ano passado, quando três jovens foram mortos na instituição. O motivo do crime teria sido a superlotação da unidade, que tem capacidade para 160 adolescentes, mas abrigava cerca de 350. Ao sair, a deputada disse que os agentes que trabalham na instituição não conseguiram ouvir nada na hora do crime porque ele ocorreu na última cela. "O Caje não tem como assegurar a integridade física dos adolescentes. Na unidade em que ele estava, não existe acústica. Quando chove, não se escuta nada. [O Caje] é uma instituição completamente falida", afirmou.