Dia da Alfabetização: como ajudar crianças com déficit de atenção e hiperatividade a ler e escrever?

Veículo: Globo.com - BR
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Dia da Alfabetização
Foto: Divulgação

Dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) apontam que cerca de 5% das crianças do país têm o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Naturalmente, crianças com essa condição podem ter mais dificuldades no aprendizado. Nesta sexta-feira (8), Dia Mundial da Alfabetização, a EPTV, afiliada da TV Globo, conversou com o neurologista Guilherme Chaparim sobre como lidar com esses desafios.

Como identificar o transtorno? Segundo o especialista, o déficit de atenção é mais difícil de ser diagnosticado do que a hiperatividade. Na sala de aula, a criança pode ter dificuldades para focar nas atividades.

“A hiperatividade incomoda mais e é mais facilmente identificada. Já a desatenção acaba sendo mais difícil de se diagnosticar. A criança pode ficar ‘no mundo da lua’ durante a aula, não consegui focar muito tempo nas atividades e cometer erros por desatenção”, diz.

Atenção aos sinais! Diante da dificuldade do diagnóstico, Chaparim destaca a importância de percepção dos sinais que a criança apresenta.

“Os pais e a escola devem estar bem atentos a esses sinais, mesmo que discretos, e, com qualquer dúvida, devem procurar um especialista.”

Como ajudar? O neurologista pontua dicas para que os alunos com esses transtornos possam ter um melhor desempenho na escola.

“Além do tratamento medicamentoso e terapias, há coisas que podem ser realizadas na sala de aula: ele pode ser colocado em uma carteira mais à frente, professor pode ficar mais atento e combinar de, assim que o aluno se distrair, chamar ele de um modo mais delicado, dar um tapinha nas costas”, completa.

Celulares podem agravar o quadro? Por fim, Guilherme Chaparim alerta para os efeitos do uso de aparelhos eletrônicos, como o celular.

“O celular está aí para roubar a atenção de todos. Então, ele atrapalha, mas a gente não pode colocar como causa [do transtorno], mas, sim, o uso em excesso atrapalha nossa atenção.”

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